A Anvisa aprovou o registro do Calquence (acalabrutinibe) para tratar o linfoma de células do manto (LCM), um tipo de câncer agressivo e raro no sistema linfático que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil pessoas. O produto é apenas indicado para pacientes adultos que tenham recebido pelo menos um tratamento prévio para a doença.
O LCM é um linfoma não-Hodgkin originado de linfócitos B do centro pré-germinal dos folículos linfáticos primários ou na região do manto de folículos linfáticos secundários. Representa 2-10% de todos os linfomas não-Hodgkin. A melhor maneira de diagnosticar o linfoma precocemente é estar atento aos possíveis sinais e sintomas do Linfoma não Hodgkin.
Um dos sintomas mais comuns é o aumento dos linfonodos, provocando inchaço sob a pele, que geralmente não é doloroso. Isso é mais comum no pescoço, axila ou virilha. Porém, como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar. A doença costuma aparecer com mais frequência em homens a partir de 68 anos de idade.
O novo medicamento será comercializado na forma de cápsula gelatinosa dura, na concentração de 100 mg, para uso duas vezes ao dia. A detentora do registro é a empresa AstraZeneca do Brasil Ltda. A Resolução RE 3.455, de 20 de dezembro de 2018, foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U) de 24/12, aprovando o Calquence.