Desde o dia 1 de janeiro, está proibida a fabricação, importação e comercialização dos termômetros e medidores de pressão que utilizam coluna de mercúrio para diagnóstico em saúde. A medida não fica restrita apenas aos aparelhos acima, mas também se estende ao uso desses equipamentos em serviços de saúde, que serão obrigados realizar o descarte dos resíduos sólidos contendo mercúrio, conforme as normas definidas pela Resolução da
Diretoria Colegiada – RDC 222/2018 da Anvisa e órgãos ambientais (federal e estaduais).
A proibição veio a partir da Convenção Minamata, assinada pelo Brasil e mais 127 países, em 2013. A convenção tem como objetivo eliminar o uso do mercúrio em diferentes produtos como pilhas, lâmpadas e equipamentos para saúde, entre outros. É importante frisar que a proibição estabelecida pela RDC 145/2017 não se estende aos produtos para uso residencial, para pesquisas e calibração de instrumentos.
A substância apresenta riscos tanto para o meio ambiente, como para a saúde humana. Uma pesquisa desenvolvida pelo Diagnóstico Preliminar sobre o Mercúrio no Brasil revelou que a exposição a apenas 1,2 mg desta substância por algumas horas pode causar bronquite química e fibrose pulmonar em seguida. Ainda segundo o documento, o mercúrio pode causar problemas ao sistema nervoso central e à tireoide, caso a exposição ao material ocorra por períodos longos.
Outra boa notícia é que os termômetros e esfigmomanômetros já estão sendo amplamente substituídos pelos aparelhos digitais, que não representam risco para a saúde e nem para o meio ambiente.
Fonte: https://bit.ly/2Ca1uRz