Um problema universal, arcaico e que toma grandes proporções. A automedicação é uma prática propagada em todo mundo. Em alguns países, devido ao sistema de saúde ser mais precário, a ida à farmácia é a primeira escolha para o alívio dos sintomas e resolução dos problemas de saúde.
A maioria dos medicamentos consumidos pela sociedade são isentos de prescrição médica. As classes de medicamentos mais procuradas são os analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, descongestionantes, antibióticos, anti-helmínticos, antifúngico e o uso inapropriado podem mascarar a doença de base, inclusive, piorando a mesma e ocasionar consequências gravíssimas, tais como:
• Intoxicações;
• Dependência química;
• Hemorragias digestivas;
• Reações de hipersensibilidade;
• Resistência bacteriana;
Destacando-se os antibióticos, em vigência do seu uso abusivo, pode ocorrer resistência bacteriana uma vez que as bactérias deixam de responder aos antibióticos empregados na terapêutica. Devido a isto, estratégias estão sendo implementadas para o contorno desta objeção, como a educação continuada.
Por isso, os profissionais de saúde devem possuir participação ativa e fornecer orientação para todos os pacientes quanto aos riscos e complicações do ato de automedicar-se, sempre objetivando o seu bem-estar durante todo tratamento.
Exemplos do uso irracional de medicamentos:
• Uso abusivo de medicamentos – polimedicação;
• Uso inapropriados de medicamentos antimicrobianos, na dosagem incorreta ou para infecções que não sejam bacterianas;
• Uso abusivo de injetáveis em casos que o medicamento poderia ser utilizado em formas farmacêuticas orais;
• Prescrição que não esteja de acordo com as diretrizes clínicas;
• Automedicação irracional dos medicamentos que necessitam de prescrição médica;
Levando-se em consideração esses aspectos, deve-se implementar uma rotina rigorosa de fiscalização nos estabelecimentos que não estejam ligados à área de saúde e comercializam medicamentos, como supermercados e lanchonetes.
A presença de um farmacêutico é essencial para se ter uma dispensação de medicamentos de forma adequada com a devida orientação dos efeitos adversos e posologia, uma vez que os medicamentos isentos de prescrição não estão livres de ocasionar efeitos colaterais.
Referências Bibliográficas:
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