A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) publicaram recentemente o segundo consenso brasileiro sobre o tratamento de câncer de próstata avançado. Ele é o segundo mais comum tipo de câncer e, no Brasil, também é o segundo mais comum entre os homens, causando em média 13.800 mortes por ano.
O que a publicação traz como novidade?
O consenso traz atualizações relacionadas aos diferentes tratamentos oncológicos objetivos e práticos, considerando que a incorporação de soluções de novas tecnologias ainda é desafiadora, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, o estudo tem como principal objetivo orientar os médicos (oncologistas clínicos, urologistas e radio-oncologistas) em decisões relativas a cuidados com seus pacientes.
O que foi discutido?
No consenso publicado, os participantes opinaram sobre terapia de privação androgênica inicial no câncer de próstata metastático, a indicação da antiandrogênicos de primeira geração ou combinada (análogos/antagonistas LHRH mais antiandrogênicos periféricos) como tratamento, a recomendação da quimioterapia com docetaxel em combinação à supressão androgênica e muitos outros tópicos.
Essas considerações essenciais para o tratamento do câncer de próstata metastático se aplicam tanto aos casos sensíveis à castração quanto aos resistentes à mesma.
Por que o consenso é tão importante para os médicos e pacientes?
Sabendo que a doença é incurável, o objetivo principal das alternativas terapêuticas é aumentar ao máximo a sobrevida dos pacientes com o mínimo de toxicidade possível. Ainda que os tratamentos possam variar de acordo com cada paciente, certas opções devem ser consideradas preferenciais. Desta forma, é essencial que os médicos especializados estejam atualizados em relação aos diferentes métodos de tratamento tanto na rede pública quanto privada.