O que é a Leucemia Mielóide Crônica?

Chamamos de leucemia mieloide crônica (LMC) uma leucemia que se desenvolve vagarosamente e atinge as células mieloides (subtipos de glóbulos brancos) da medula óssea. Atualmente, ela é chamada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por “neoplasia mieloproliferativa”, ou seja, quando há uma produção excessiva de células pela medula.

Normalmente pessoas que possuem LCM apresentam um desenvolvimento mais lento de células doentes e demonstram uma produção excessiva de glóbulos brancos, o que pode resultar em infecções, sangramentos, anemia e outros problemas de saúde. Contudo, muitas pessoas não chegam a demonstrar sintomas que denunciem a doença e ela acaba sendo revelada somente após a execução de exames médicos. 

CAUSA

De uma forma geral, a causa da leucemia ainda é desconhecida. Comprovadamente, o que se sabe é que substâncias químicas, exposição excessiva à radiação, cigarro, algumas síndromes e doenças hereditárias podem contribuir para o seu surgimento.

Sobre a leucemia mieloide crônica, sabe-se que ela não é hereditária, ou seja, ninguém nasce com ela. Há um desenvolvimento somente quando há uma alteração do cromossomo da medula óssea. Ou seja, a célula modificada se multiplica demasiadamente e elimina os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas saudáveis da medula. Então, as células da LMC se alastram pela corrente sanguínea.

É importante ressaltar que a leucemia mieloide crônica é uma doença relativamente rara. O número de diagnósticos é maior em homens do que em mulheres e a maioria dos casos ocorre em adultos. O número de crianças que desenvolvem a doença é baixo.

SINAIS E SINTOMAS

Como citado acima, a progressão da leucemia mieloide crônica é mais lenta, diferente das outras leucemias. Por isso, pessoas podem possuir LCM mas apresentarem sintomas leves e até imperceptíveis como:

  • fadiga
  • fraqueza
  • falta de apetite
  • enjoo
  • suor excessivo noturno
  • artrite
  • Diminuição do fôlego durante as atividades diárias
  • Perda de peso sem motivo aparente

Com a evolução da doença, outros sintomas podem se manifestar:

  • palidez
  • sangramento (gengiva ou ao tossir)
  • febre acentuada

DIAGNÓSTICO 

Em muitos casos a leucemia mieloide crônica é assintomática, por isso muitas vezes ela é detectada em um hemograma de rotina onde acaba se detectando um número alto de glóbulos brancos presentes no sangue. Contudo, também pode haver um aumento significativo de glóbulos vermelhos e das plaquetas. 

Em exames clínicos e de imagem é possível detectar o aumento do baço, o que é comum em algumas pessoas. Imprescindível para investigação de anormalidades é a solicitação de um mielograma, onde há a retirada de sangue da medula. Assim, é possível identificar as anormalidades apresentadas no hemograma.

Há a possibilidade também do médico solicitar uma biopsia da medula óssea, onde se retira um pedaço do osso da região lombar para uma análise em laboratório. Após esses procedimentos é que poderá ser confirmada a leucemia.

O FISH (hibridização fluorescente in situ) é outro tipo de exame que detecta os cromossomos e as alterações pequenas que são dificilmente vistas.  Existe também o teste molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR), que mede no sangue ou na medula óssea a quantidade do gene de fusão causador deste tipo de câncer, o BCR-ABL. Ele é usado para acompanhar e detectar a doença.

É muito importante ressaltar que o diagnóstico precoce do paciente aumenta a possibilidade de cura, uma vez que possibilita a intervenção antes do desenvolvimento da doença ou nos momentos iniciais, quando o tratamento é, na maioria dos casos, mais efetivo.

QUAIS AS FASES DA LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA?

Diferente da maioria dos cânceres, quando se determina o estágio da doença tomando como base no tamanho do tumor e se a doença se expandiu para os gânglios linfáticos ou outras partes do corpo, o estágio da Leucemia mieloide crônica é definido por fases, podendo ser: fase crônica, fase acelerada ou fase blástica.

Ter conhecimento sobre qual fase a LMC se encontra é de total importância para os médicos determinarem o tratamento apropriado e calcular as chances de recuperação que o paciente possui.

  • FASE BENIGNA OU CRÔNICA

Mais da metade dos pacientes são diagnosticados nesta fase da doença, antes do aparecimento de qualquer sintoma. O começo das primeiras manifestações clínicas normalmente acontece antes de uma fase silenciosa com meses e até anos de duração.

Os primeiros sinais que podem aparecer é o aumento do número de glóbulos brancos, fraqueza muscular, sudorese noturna e perda de peso, aumento do volume do baço que em diversas ocasiões chega a ocupar o lado esquerdo inteiro do abdômen.

Normalmente nessa fase as pessoas dão uma boa resposta ao tratamento padrão. A contagem de glóbulos brancos retorna para um número dentro dos padrões de referência, os sintomas somem, há uma melhora na concentração de hemoglobina e o baço volta para seu tamanho normal.

Caso não haja um tratamento nessa fase, a doença irá evoluir à fase acelerada.

  • FASE ACELERADA

É nessa fase que que há um aumento significativo das células malignas. Também existe um aumento de glóbulos brancos no sangue, sobretudo às custas de formas imaturas (blastos).

Caso não haja tratamento, pode haver crescimento do baço e dos linfonodos, além de uma anemia mais acentuada. Sintomas de fraqueza, suor intenso durante o sono e perda de peso podem se intensificar nesta fase.

  • FASE BLÁSTICA

Também conhecida como “crise blástica”. Nesta fase, a fase aguda da doença, a leucemia se torna mais agressiva e ocorre uma piora considerável dos sintomas. Os blastos vão para circulação sanguínea, medula óssea ou outros órgãos e passam a ser 30% ou mais dos glóbulos brancos presentes.

Aparecem infiltrados de células leucêmicas em vários tecidos, os linfonodos aumentam, o baço atinge seu maior tamanho e a anemia chega em um estágio onde passa a exigir transfusões de sangue frequentes. 

TRATAMENTO

Um onco-hematologista será capaz de definir o tratamento adequado para cada paciente. Vale lembrar que a leucemia mieloide crônica não tem cura com as terapias existentes atualmente. Contudo, com uso correto de alguns medicamentos, pacientes apresentam excelentes resultados e os sinais e sintomas da LCM são altamente reduzidos, permitindo uma boa qualidade de vida por anos. 

O uso dos dos inibidores da tirosina quinase mudou potencialmente a forma fatal da doença para algo que pode ser controlado. Infelizmente, não são todas as pessoas que respondem positivamente a esses inibidores da tirosina quinase, pois muitos podem apresentar resistência.

A direção a ser tomada no tratamento de cada pessoa, deve ter como referência a fase da leucemia mieloide linfática na hora diagnóstico, considerando os riscos, faixa etária, entre outros problemas que o paciente possa apresentar.

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