A carcinomatose peritoneal é considerada por muitos oncologistas como uma doença incurável, com pouca esperança média de vida após o diagnóstico.
O tratamento realizado é unicamente paliativo, por caracterizar-se como uma doença terminal.
Muitos avanços e descobertas são realizados na introdução de novos esquemas terapêuticos, contudo a sobrevida continua a ser um fator limitado, constituindo a principal causa de morte dos pacientes que realizaram ressecção do tumor.
A carcinomatose peritoneal é uma doença regional, por isso deve ser realizada a remoção cirúrgica de todas as células tumorais, seguida da aplicação de agentes quimioterápicos diretamente na superfície peritoneal, procedimento conhecido como Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica que é precedida de Cirurgia de Citorredução (retirada do tumor).
Esta nova abordagem terapêutica ainda é alvo de grande crítica, principalmente devido às altas taxas de morbidade obtidas no início da sua aplicação, em estudos randomizados. Os melhores resultados são alcançados em pacientes que tiveram uma remoção cirúrgica completa dos depósitos peritoneais.
O Melfalano é um agente alquilante que causa a formação de ligações cruzadas no DNA e mostra um aumento da absorção acentuada na atividade com calor, e tem sido utilizado para quimioterapia intraperitoneal aquecida combinada com cirurgia citorredutora para o tratamento intraperitoneal, podendo ser administrada utilizando a técnica de abdômen aberto ou fechado, porém até o momento não há estudos mostrando vantagem de uma técnica para outra.
O Melfalano é considerado um agente médio para uso em Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica devido a sua ampla atividade antitumoral e perfil favorável para esta aplicação nas doses de 60-70 mg / m², além de morbidade aceitável quando comparado a outros agentes quimioterápicos utilizados na técnica. Entretanto estudos estão sendo projetados para fornecer informações sobre a segurança e a dose correta a ser administrada em Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica com Melfalano.
Farm Robson Andrade e Natália Vitorelli
AVFARMA
Link para o artigo referenciado: ARTIGO ALKERAN INTRAPERITONEAL
